Mini Dolphin: Preço acessível deve impulsionar vendas de elétricos no Brasil

O Mini Dolphin, carro elétrico subcompacto da BYD, deve chegar ao Brasil em março com preço estimado em R$ 100 mil. O valor, próximo ao de hatches populares com motor a combustão, deve incomodar as montadoras e impulsionar as vendas de elétricos no país.

Mini Dolphin deve impulsionar vendas de elétricos no Brasil
Mini Dolphin deve impulsionar vendas de elétricos no Brasil (Imagem: BYD)

O modelo tem motor elétrico de 74 cv e 13,7 kgfm de torque, baterias de 30 kWh ou 38,8 kWh e autonomia de 305 km ou 405 km, respectivamente. Possui dimensões de 3,78 metros de comprimento, 1,71 metro de largura e 1,54 metro de altura, com entre-eixos de 2,5 metros.

Desde que foi lançado na China, em abril de 2023, o Mini Dolphin já vendeu 280 mil unidades no mundo. No Brasil, o modelo deve competir com o Chevrolet Onix Hatch AT Turbo, que custa R$ 114.150, e o Volkswagen Polo TSi, que custa R$ 101.990.

O Mini Dolphin é mais tecnológico que os hatches menores a combustão vendidos no Brasil. O motor TSi do Polo é o mais antigo em produção no país. Além disso, os elétricos têm vantagens como não pagar IPVA em alguns estados, emitir menos carbono e rodar mais barato com o uso de energia solar.

Preço acessível é o principal fator

O preço acessível é o principal fator que deve impulsionar as vendas do Mini Dolphin no Brasil. O modelo tem um preço competitivo em relação aos hatches populares a combustão, que são os carros mais vendidos do país.

O Chevrolet Onix é o carro mais vendido do Brasil há anos, e sua versão AT Turbo custa R$ 114.150. O Volkswagen Polo é o segundo carro mais vendido do país, e sua versão TSi custa R$ 101.990.

O Mini Dolphin é mais barato que esses dois modelos, mesmo que ofereça um motor elétrico, que é mais caro que um motor a combustão. Isso deve atrair muitos consumidores que estão em busca de um carro econômico e sustentável.

Interior do BYD seagull
Interior do BYD seagull (Imagem: BYD)

Vantagens dos elétricos

Além do preço acessível, os elétricos também oferecem outras vantagens em relação aos carros a combustão. Eles não pagam IPVA em alguns estados, o que pode representar uma economia de até R$ 2.000 por ano.

Os elétricos também emitem menos carbono, o que contribui para a redução da poluição do ar. Além disso, eles rodam mais barato com o uso de energia solar, que é uma fonte de energia limpa e renovável.

Impacto nas montadoras

A chegada do Mini Dolphin ao Brasil deve impactar as montadoras que vendem carros a combustão. O modelo tem potencial para incomodar as vendas de hatches populares, que são o carro mais vendido do país.

As montadoras terão que se adaptar a essa nova realidade, oferecendo carros elétricos mais acessíveis. Elas também podem apostar em tecnologias que reduzam a emissão de poluentes, como os motores híbridos e os motores flex.

Nacionalização da produção

A BYD já anunciou que pretende nacionalizar a produção do Mini Dolphin no Brasil. Isso deve reduzir ainda mais o preço do modelo, tornando-o ainda mais competitivo.

Com a nacionalização da produção, o Mini Dolphin pode se tornar o carro elétrico mais acessível do Brasil. Isso deve impulsionar ainda mais as vendas de elétricos no país, o que é positivo para o meio ambiente e para a economia.