O governo do Brasil planeja aumentar as tarifas para importação e manter alíquota zero para a fabricação de veículos elétricos nacionais.
Existe a possibilidade de crescimento da produção nacional de carros híbridos e elétricos em nosso país. Essa é a iniciativa a ser tomada pelo governo, com a criação de alíquota zero e aumento de tarifas para os importados.
Portanto, essa medida anunciada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, poderá ser um grande estímulo para a indústria de automóveis elétricos no país.
Essas medidas devem ser colocadas em prática nos próximos dias, alterando a política de tarifa de importação zero para carros elétricos, que estava vigorando desde 2015, de acordo com a Câmara de Comércio Exterior (Camex).
O plano com a nova alíquota, está prevista para ser colocada em prática a partir de 1º de dezembro de 2023, e deverá ter um aumento gradual, chegando a 35% em 2026.
Integrantes da equipe econômica do governo, informaram que a as cotas de importação de carros elétrico e híbridos produzidos fora do país com alíquota zero, começarão com volume maior e diminuirão até terminarem em 2026.
O objetivo do governo, é combater o “subsídio” para os consumidores de alta renda, que adquirem veículo importados
Alguns modelos de elétrico e híbrido importados que são vendidos no Brasil, deixam de pagar até R$ 138 mil em tarifas de importação, ou seja, é um valor considerado maior do que os incentivos fiscais disponíveis em países desenvolvidos para o mesmo tipo de automóvel.
Por exemplo, os descontos para compra de carro elétrico na União Européia, chegam a € 6 mil, dependendo do país, enquanto nos Estados Unidos, o bônus pode chegar a US$ 7 mil. Aliás, os consumidores só recebem o direito a esse beneficio, ao adquirir veículos que são produzidos em seu país.
Incentivo para a produção de carros elétricos nacionais
A visão do governo, é que o aumento da tarifa de importados, se torne um incentivo para as montadoras instaladas no Brasil fabricarem os seus automóveis aqui mesmo. Pois a China tem aproveitado a falta de incentivos da produção nacional, e com isso acaba exportando uma grande parte de seus carros elétricos para o Brasil.
As empresas fabricantes de automóveis nacionais, vão ter a chance de se adaptarem a produção dos carros elétricos e híbridos, já que o aumento das alíquotas acontecerá de ano em ano, e de uma forma escalonada.
Aliás, as alíquotas zero para importação de carro elétrico não vão ser distribuídas igualmente, isso torna favorável para fabricantes com preço mais baratos.
Essas medidas do governo fazem parte do Programa de Mobilidade Verde (Mover), que irá substituir o Rota 2030. Nesse novo programa (Mover), será disponível desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) baseados em eficiência energética, reciclabilidade dos produtos e produção local.
O governo também irá garantir incentivos fiscais na forma de investimentos em pesquisas e desenvolvimento (P&D) das fabricantes, comparado ao Rota 2030.
Além disso, o plano tem como objetivo, ser ampliado para a linha de caminhões, ônibus, motos e até o novo veículos elétrico de decolagem e pouso vertical (eVTOL), que será produzido pela Embraer.
Essas práticas do governo, não beneficiarão somente as montadoras e os consumidores de carros elétricos, mas também trará oportunidades de empregos para muitos brasileiros.
