Introdução
O governo argentino anunciou uma série de medidas para reduzir os preços de carros e motos no país, com o objetivo de estimular a demanda no mercado automotivo local.
Governo da Argentina anuncia que a partir de fevereiro, impostos internos serão reduzidos ou eliminados para veículos de diferentes faixas de preço, e tarifas de importação para carros elétricos e híbridos de “baixo valor” serão zeradas.
Essas mudanças visam não apenas facilitar o acesso da população a veículos, mas também impulsionar a produção local e a adoção de tecnologias sustentáveis.
No entanto, as medidas podem ter reflexos no mercado brasileiro, já que a Argentina é um dos principais destinos das exportações de carros do Brasil. Confira os detalhes dessas políticas e seus possíveis impactos.
Redução de Impostos Internos para Carros
A medida mais impactante anunciada pelo governo argentino é a eliminação dos impostos internos para veículos com valores entre 41 milhões e 75 milhões de pesos.
Atualmente, esses carros são tributados com uma alíquota de 20%, que será completamente zerada. Para veículos acima de 75 milhões de pesos, a alíquota, conhecida como “imposto de luxo”, será reduzida de 35% para 18%.
Essa mudança afeta principalmente modelos de gama média e alta, que são os mais caros do mercado.
Segundo Luis Caputo, a redução dos impostos tem como objetivo principal tornar os veículos mais acessíveis para a população, estimulando as vendas e, consequentemente, a produção local.
A expectativa é que os preços dos carros caiam entre 15% e 20%, o que pode representar um alívio para os consumidores que vinham enfrentando altos custos para adquirir um veículo.
Além dos carros, as motocicletas também serão beneficiadas pela nova política fiscal. Os impostos internos para modelos com preços entre 15 milhões e 23 milhões de pesos (cerca de R$ 84 mil a R$ 136 mil) serão eliminados.
Atualmente, esses veículos pagam uma alíquota de 20%, que será completamente removida. Essa medida deve impactar positivamente o mercado de duas rodas, que também enfrenta desafios em meio à crise econômica.
Isenção de Tarifas para Veículos Elétricos e Híbridos
Outra medida importante anunciada pelo governo argentino é a isenção de tarifas de importação para veículos elétricos e híbridos de “baixo valor”.
A decisão visa incentivar a adoção de tecnologias mais sustentáveis e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. No entanto, ainda não foram divulgados os critérios que definirão o que será considerado “baixo valor” para esses veículos.
A isenção terá um limite anual de 50 mil unidades, o que representa aproximadamente 10% do total de veículos vendidos no país.
Essa medida pode ser um passo importante para a popularização de carros elétricos e híbridos na Argentina, que ainda tem uma participação pequena desses modelos no mercado automotivo.
Além disso, a redução de custos pode atrair investimentos estrangeiros e fortalecer a infraestrutura de recarga elétrica no país.
Impactos no Mercado Brasileiro
As medidas adotadas pelo governo argentino podem ter reflexos significativos no mercado automotivo brasileiro. Isso porque Brasil e Argentina mantêm uma relação comercial estreita no setor, com trocas frequentes de veículos e peças automotivas.
A redução de impostos na Argentina pode tornar os carros produzidos no país vizinho mais competitivos, o que pode impactar as exportações brasileiras.
Atualmente, a Argentina é o principal destino das exportações de carros brasileiros. Com a redução de custos para os consumidores argentinos, é possível que a demanda por veículos produzidos localmente aumente, reduzindo a necessidade de importação de carros brasileiros.
Esse cenário pode representar um desafio para a indústria automotiva do Brasil, que já enfrenta dificuldades em meio à crise econômica global.
Por outro lado, a medida também pode abrir oportunidades para a exportação de veículos elétricos e híbridos brasileiros para a Argentina, especialmente se houver uma demanda crescente por esses modelos no país vizinho.
No entanto, isso dependerá de como as políticas argentinas serão implementadas e de como o mercado local responderá às mudanças.
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